segunda-feira, 25 de julho de 2011

A arte de se reinventar...



Hoje acordei com vontade de escrever, e também de desenhar, de tocar, de cantar (algum engraçadinho com certeza faria a piada: "Tá com vontade de tocar? Toca uma pra mim). É, o mundo é um celeiro de coisas bizarras, onde as pessoas passam a maior parte das suas vidas tentando fazer outras pessoas acreditarem que elas não são o que elas são realmente, adoro sair às ruas e perceber isso, são roqueiros que não querem ser roqueiros pra não perder o emprego, são incultos se fingindo de cultos e cultos se fingindo de incultos, são gays tentando ser hétero, são héteros imitando gays, e aonde isso tudo termina? Termina em insatisfação coletiva, porque pautamos nossas ações e desejos pelo que os outros vão achar: "Não se entra de brinco na igreja porque Deus não vai gostar" por acaso Deus já veio falar do que gosta e do que não gosta? E nessa lista tinha algo contra assistir a missa de brinco, ou de tatuagem, ou de piercing? Embora não seja um bom conhecedor da Bíblia, acredito que não! Creio que Deus não se importa com essas pequenas coisas, ele enxerga o seu interior, provavelmente algum inrrustido que queria assistir (ou mesmo rezar) a missa de brinco e não podia, inventou essa de que Deus não gosta!

Esta na hora de se reinventar, romper as amarras antigas, a cadeia das tradições, se fazer novo e é isso que tenho feito nesse período de reclusão, tenho tomado contato com potencialidades que desconhecia, criado coisas que jurava não ser capaz, e estou gostando muito da experiência!!!

Tenho conhecido pessoas, que iguais as que eu já conhecia, não se sentem a vontade com as injustiças e que, diferente das que eu já conhecia, fazem algo pra mudar o que acham errado, se incomodam e não se calam. Religião, não sei se elas tem, mas isso pouco importa, afinal religião é mais uma arma do sistema pra que as pessoas não andem unidas!!!

Acho que seria muito bonito uma religião que não levasse as pessoas a fingirem que são o que decididamente elas não são, sim, eu também finjo, porque ser o que se é decididamente não está na moda, as pessoas precisam acreditar na sua máscara, mas não gosto de mentir, nem de fingir, nem de atuar. Gosto de ser o Duda, cheio de defeitos, o chato, o brilhante, o que ninguém suporta, o que todos amam, o que reclama, o que acredita, o que vive e sobrevive, um pouco a cada dia, mas procuro não me calar, minha essência é essa, dizer o que ninguém gosta de ouvir, criticar o que é impensável se criticar, e dizer, de forma dura ou doce, o que eu acho e penso da forma como hoje em dia se encara as injustiças: com indignação virtual!!

Um texto só pra preencher o espaço, não é algo fingido, ao contrário, é um desabafo bem verdadeiro!!

Bjos e abraços a todos (acima um dos primeiros desenhos que fiz, um autoretrato)

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